Paço Real - Imperial
O Paço Real, na Praça XV, antigamente chamada Largo do Paço, já foi antiga morada e sede dos Governadores e Vice Reis no Rio de Janeiro. Com a vinda de D.João VI para o Brasil em 1808, o palácio adquiriu a condição de "Paço Real" e posteriormente "Paço Imperial". D.João VI e parte da corte habitaram o local por algum tempo.
Sobre o Paço Real
O Paço Real, mostrado na foto abaixo, além de ter sido morada e sede administrativa de alguns Governadores e Vice Reis no Rio de Janeiro, também foi a primeira morada de D.João VI e parte da corte, quando de sua chegada ao Brasil em 1808. Posteriormente, D.João VI mudou-se para uma casarão localizado em São Cristovão, na Quinta da Boa Vista. Após fazer melhoramentos na nova contrução, a morada de São Cristovão passou a se chamar Paço de São Cristovão.
D.João e D.Pedro I usavam o Paço da Praça XV como local de despachos e atividades governamentais, existindo lá uma Sala do Trono onde D.João concedia audiências.
Além destes dois Palácios, em diferentes tempos, os reis que governaram o Brasil sempre tiveram mais de uma morada e local de despacho, sendo o Paço de Santa Cruz e posteriormente o Palácio Imperial de Petrópolis.
Foi de uma sacada do Paço Real da Praça XV em 1822 que D.Pedro I anúnciou sua permanência no Brasil, no episódio conhecido como dia do Fico. E foi também no Paço da Praça XV que a Princesa Isabel sancionou a Lei Auréa, em 13 de Maio de 1888, abolindo a escravatura.
A Praça XV nos tempos anteriores à república era conhecida como Largo do Paço em função deste palácio. Posteriormente o nome do largo foi mudado para Praça Pedro II, e após a Proclamação da República para Praça XV de Novembro.
O antigo Paço Real, atualmente é um centro cultural e depois da proclamação da república chegou a ser ocupado pelos Correios e Telégrafos. Após ter sofrido acréscimos, desmazelos e ter se deteriorado, o Paço foi tombado, e posteriormente reformado. Hoje tem a aparência que tinha em 1818.
Construção, História e Denominações
Este edifício teve sua construção iniciada por volta de 1738 e terminou em 1743, de acordo com o projeto do engenheiro militar português José Fernandes Pinto Alpoim. Nesta época o local era chamado Largo da Polé ou Largo do Carmo devido à um antigo convento que aparece na foto, que aparece atrás do Paço. Quem solicitou a construção do edifício ao Rei de Portugal, D.João V, foi o governador Gomes Freire, Conde de Bobadela, no 1733. A solicitação foi concedida, entretanto a edificação não poderia se chamar " "Palácio ou Paço", e sim Casa do Governador.
O local passou a ser chamado Casa de Despachos do Vice-Reis ou Paço dos Vice-Reis quando a sede do Vice-Reino do Brasil mudou-se de Salvador para o Rio de Janeiro.
Com a chegada de D.João VI passou a se chamar Paço Real. Ao tempo de D.Pedro I, este passou a chamar o edifício de Paço Imperial.
Sobre a foto do Paço
Esta foto foi tirada num fim de tarde domingo, e poucas pessoas passavam na praça, mas em dias de semana o local é bem movimentado. Do lado direito da foto, aparece o Palácio Tiradentes, sede da assembléia legislativa do Rio de Janeiro. Ao fundo, a construção branca e com janelas e um arco colonial é o antigo convento do Carmo, atualmente ocupado uma repartição pública.
Atrás do convento do Carmo o edífico Candido Mendes, uma arranha céus de 25 andares que causou polêmica à respeito de sua construção tão próxima à um sítio histórico.
Não aparece na foto, mas ao lado do antigo Convento do Carmo, separado pela rua 7 de Setembro ficam duas igrejas históricas, também dos tempos coloniais, Igreja do Carmo e Igreja da Ordem 3ª do Carmo. Entre a praça XV e o antigo Convento do Carmo fica a rua Primeiro de Março, que antigamente era chamada Rua Direita.
Do lado direito do Paço Real, situa-se o Chafariz da Pirâmide, e seguindo em frente, atravessando a praça fica o Arco do Teles, um arco sobre uma grande construção dos tempos coloniais, que dá passagem para antigos becos e vielas bem preservados, com muitos bares e restaurantes.