Cidade Nova - História, Atrações e Evolução do Bairro
Em tempos passados, a região ou bairro da Cidade Nova era conhecida como Mangue, por ter sido um alagadiço pantonoso com vegetação de manguezal.
A região também ficou conhecida como "Aterrado", devido à um caminho feito sobre aterro, ainda no tempo de D.João VI para ligar o centro da cidade ao Paço Real de São Cristóvão, atual Museu da Quinta da Boa Vista.
História da Cidade Nova
A região da atual Cidade é área compreendida entre os antigos Manguezais da Gamboa Grande indo até o extinto Saco de São Diogo ou Saco de São Cristóvão. Para se situar, o Saco de São Cristóvão era um grande braço de mar, cujas aguas chegavam ante o atual encontro das Avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas.
Neste região, no inicio do Século 19, uma parte da mesma foi aterrada, dando surgimento ao chamado "Campo de Marte", utilizado para monobras militares e exercícios de tiros de tropas da Coroa.
Caminho do Aterrado
A região ficou conhecida como Aterrado no Século 19 devido ao "Caminho do Aterrado ou Caminho das Lanternas", construído no tempo de D. João VI, para trafego de carruagens da família Real ruma ao Palácio de São Cristóvão.
Este caminho também aberto sobre aterro, viria a ser a Rua Senador Euzébio (depois Rua São Pedro da Cidade Nova), que passava pela "Ponte dos Marinheiros", ponte esta que existia onde hoje existe um cruzamento de grandes viadutos na junção das Avenidas Presidentes Vargas e Francisco Bicalho.
Veja algumas cenas que mostram a evolução urbana e os aterros das áreas adjascentes ao antigo Saco de São Cristóvão e Manguezal de São Diogo. Sobre o manguezal hoje situa-se a Cidade Nova.
Construção da Fábrica de Gás em 1851 e Canal do Mangue em 1857
Na métade do Século 19, a área sofreu grande impulso. quano o Barão de Mauá construiu e instalou na Senador Eusébio (depois Rua São Pedro da Cidade Nova), em 1851, o antigo Gasômetro ou Fábrica de Gás. O projeto do gasômetro era de um engenheiro inglês chamado Guilherme Bragge.
Em 1857 o mesmo Barão de Mauá, também construiu sob regime de administração o Canal do Mangue, drenando e saneando as águas que se expalhavam pelo local. Este canal foi construído substituindo uma vala que existia no local, entre as Ruas Visconde de Itaúna e Senador Eusébio.
A Rua São Pedro da Cidade Nova (antiga Senador Eusébio) deixou de existir com a abertura da Avenida Presidente Vargas na década de 1940, Século 20, quando esta rua e a Visconde de Itabuna, uma outra rua paralela que ficava do outro lado do Canal do Mangue se fundiram e passaram a se chamar Av. Presidente Vargas. Entretanto, a calçada da Av. Presidente Vargas do lado do Gasômetro, seria a antiga calçada da extinta Senador Eusébio ou Rua São Pedro da Cidade Nova.
Ultimos aterros em 1895 com material do Morro do Senado
Até o ano de 1895, ainda existiam pântanhos na area onde hoje existe a Estação do Metrô do Estácio, area em frente ao Centro de Convenções Sul América, Prédios Prefeitura e indo até o edifício do Tele Porto na Rua Visconde de Duprat. Foi nesta época que estas áreas foram aterradas com terras que vieram do desmonte do Morro do Senado. Em função destes aterros, surgiram as ruas Pinto de Azevedo, Pereira Franco, Machado Coelho (antiga Rua dos Bondes), Visconde de Duprat entre outras.
Decadência após abertura da Av. Presidênte Vargas
Na década de 1940 inúmeras demolições ocorreram na área para a abertura da grandiosa e ampla Av. Presidente Vargas. Se veio o chamado "progresso" para a cidade, a avenida transformou a Cidade Nova em um bairro de passagem que entrou em total decadência passando a ser ocupado por cortiços e zonas baixo meretrício.
As casas e sobrados, muitas do início do século 20, que existiam na área entre o Centro de Convênções Sul América e a Prefeitura se encontravam alto estado de deterioração ou até em ruínas.
Até por volta de 1977 ainda existia atividade boêmia naquela área, ainda atraindo pessoas de renda mais baixa em procura de uma noite ou meras horas de fugaz aventura.
Entretanto a renovação começou nos anos de 1970, quando foram construídos edifícios grandiosos e em estilo modernista, como a nova sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e a sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, que tem o irônico apelido de "Piranhão" devido à ter sido construido em local onde ainda imperava atividades pouco recomendadas pelos olhos da moral.
Nesta mesma década, surgiu também a Estação de Metro do Estácio, em estilo modernista, mas dentro dos limites da Cidade Nova, praticamente na divisa dos bairros Estácio e Cidade Nova.
Na década de 1990 vieram novos impulsos, com a construção de um edifício voltado pra empresas de informática e comunicação, edifício este chamado Teleporto. Outras construções vieram, anexas ao centro administrativo da cidade, ou Prefeitura do Rio de Janeiro. Surgiram então os edifícios das Secretários Municipais de Administração de de Fazenda.
Na segunda metade da década de 2000, surgiu o grandioso Centro de Convenções Rio Cidade Nova, também chamado de Centro de Convenções Sul América inagurado em 2007.
A seguir, como obra de destaque no local, veio a Estação do Metrô Cidade Nova, uma estação em estilo modernista produtivista ou construtivista, erguida em parte sobre a Av. Presidente Vargas, permtitindo acesso à estação de vários pontos e lados da pista da avenida. É uma das mais destacantes estações de metrô do Rio, chamando para sí atenção dos que passam pelo local e compondo o cenário de modernidade ou contemporâneidade do local.
Atrações e Construções Importantes Cidade Nova
- Avenida Presidente Vargas
- Estação do Metrô do Estácio
- Estação do Metrô da Cidade Nova
- Antigo Gasômetro, de interesse histórico
- Canal do Mangue, de interesse histórico
- Edifício da Prefeitura
- Edifício dos Correios e Telégrafos
- Edíficio do Arquivo da Cidade
- Centro de Convênções da Cidade Nova (Sul América)