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Vulcões no Rio de Janeiro

Vulcões no Rio

Verdade ou lenda? Existem crateras de vulcões extintos no Rio de Janeiro? Existem vulcões que já foram ativos na pré-história a milhões de anos atrás? Alguns acreditam que sim, e apresentam como prova o Vulcão do Mendanha, que faz parte do Maciço do Mendanha ou Gericinó.

Quando o Rio era muito mais quente !

Para quem conhece o clima do Rio, sabe que aqui no verão chega-se à quarenta graus. E ninguém imagina que em alguns locais do território da Cidade do Rio de Janeiro, a temperatura poderia já ter sido bem mais alta à ponto de derreter tudo.

Mas acreditem, sim é verdade. Ondas de calor insuportáveis, chamas e labaredas saindo do topo de uma montanha ja fizeram lavas jorrarem e a temperatura subir a níveis não imagináveis para quem gosta de se bronzear na praia.

Pois bem, a mais de 40 milhões de anos atrás, o Rio de Janeiro tinha vulcões que jogavam lava e cinzas na região da Serra do Mendanha ou Maciço de Gericinó, na zona oeste em Campo Grande.

Vulcão do Mendanha

O felizmente já extinto Vulcão do Mendanha foi descoberto por Alberto Ribeiro Lamengo no ano de 1935. O vulcão que é também chamado de "Vulcão ou Chaminé do Lamengo" em homenagem ao seu descobridor, foi estudado pelo arqueologista Carlos Manes Bandeira 3 decádas depois. Segundo Manes Bandeira, este deu parecer que existe a cratera do Vulcão do Mendanha na cabeceira do Rio Guandu-Sapê.

O topo da cratera do "vulcão pode ser visto à distância por quem passa pela Av. Brasil ou pela Estrada do Mendanha. Segundo os estudos, tem aproximadamente 300 metros de altura e 400 metros de diâmetro, e nos dias de hoje a cratera está totalmente coberta de matas.

Acima um vídeo com partes fantasiosas e ficcionais sobre os vulcões do Rio de Janeiro.

Vulcão de Nova Iguaçu | Como Visitar

O suposto Vulcão de Nova Iguaçú fica no local conhecido popularmente por "Serra do Vulcão", parte do Maciço do Gericino ou Serra do Mendanha, dentro do Parque Municipal de Nova Iguaçu.

Portanto para visitar deve-se ir ao Parque e de lá seguir em caminhada por uma trilha de mais ou menos 1 hora em direção ao vulcão. Opcionalmente pode-se contratar um veículo motorizado que oferece transporte até muito próximo do local, através de um caminho de terra. O ideal é ligar para o parque ou procurar algum guia ou operador de eco-aventura para agendar isto.

Vulcões no Rio de Janeiro - Foto montagem fantasiosa

Acima os vulcões no Rio de Janeiro em edição e montagem fantasiosa.

Ao chegar ao topo do vulcão, pode-se ver o que seria uma cratera não muito bem definida. Em alguns locais existem formações rochosas que segundo dizem são traços de indícios vulcânicos, de lava ou camadas inferiores do vulcão que teriam se transformado em rocha. A borda do vulcão, não muito reconhecível e coberta por vegetação, mede cerca de 1 kilômetro e meio de diâmetro, cinco vezes o tamanho do estádio do Maracanã.

Para quem é adepto de esportes de aventura, durante a caminhada passa-se pela Pedra da Contenda, local onde se pratica rapel.

Um pouco acima do ponto da cratera, para quem caminhar mais vai encontrar a rampa de vôo livre da "Serra do Vulcão", à uma altura de 855 metros. Mesmo para quem não vai voar de asa delta, é interessante subir ao local para ver a paisagem. No mesmo parque, existe também cachoeiras e local para prática da canoagem.

Existiram de fato os vulcões?

Em 1980 outros brasileiros, propuseram outro local para erupção vulcânica, que seria na Serra de Madureira, na divisa entre os municípios de Nova Iguaçu e Rio de Janeiro. O local virou atração turística entre os adeptos de esportes radicais e aventureiros. Este novo ponto de erupção proposto foi denominado Vulcão de Nova Iguaçu.

Em 2004, outros geólogos brasileiros, após estudos publicaram um artigo apresentando ser inviável cientificamente a existência de vulcões no Maciço do Mendanha, ou seja, nas Serras do Mendanha e Serra do Madureira. Entre os anos de 2006 e 2008, outros artigos científicos deram parecer contrário, afirmando que não existiram vulcões na região.

Entretanto, ainda existem hipóteses favoráveis à existência dos vulcões, considerando que houve atividade vulcânica na região mas os vulcões foram elimandos pela erosão de mais de 60 milhões de anos. O que existe hoje são formações geológicas que correspondem às camadas inferiores, que ficavam uns 3,5 km abaixo, no tempo que os vulcões eram ativos.

Veja também sobre os pré-históricos sambaquis.

Referências