Rio de Janeiro AquiPostos Salva Vidas | Rio de Janeiro
As praias do Rio de Janeiro possuem postos de salvamento de longa data. É um serviço antigo ligado ao Corpo de Bombeiros, que dá segurança aos banhistas.
Os postos se tornaram pontos de referências, inclusive dando nome à setores das praias e bairros.
Postos de Salvamento nas Praias do Rio de Janeiro
Toda a orla do Rio de Janeiro possuei postos de salva-vidas para atender à emergências.
Nadadores guarda-vidas que trabalham em conjunto com um helicóptero que constantemente circula pelas praias em dias de movimento auxiliam no salvamento de algum banhista em caso de acidente.
São 27 o total de postos, e nestes postos estão disponíveis sanitários pagos para banhistas.
Os postos que existem por toda a orla oceânica nas mais famosas praias do Rio de Janeiro, seguem um mesmo padrão de projeto, ou seja, se repetem ponto à ponto.
O Postos deram nome aos setores das praias e bairros
A existencia dos postos vem de longa data, e distribuidos ao longo das praias à uma distância um do outro de cerca de 1 kilômetro.
A númeração dos postos caiu na linguagem popular, e hoje o bairro de Copacabana tem setores conhecidos como Posto 1, Posto 2, Posto 3, Posto 4, Posto 5 e Posto 6.
Muitas pessoas se referem à estes setores ou partes do bairro, mesmo que à 3 ou 4 quadras da praia, mas à vezes se esquecem da origem do nome que vem exatamente da referência dos postos salva-vidas.
Acima, posto de salvamento do Posto 11, Leblon, Maio de 2010.
Os postos de salvamento tem acabamento original em concreto aparente e linhas "aerodinamicas" com relação à torre, lembrando um pouco à primeira vista o chamado estilo "streamlined", talvez uma referência aos antigos postos que existiram neste estilo.
Entretanto, segundo me disse um antigo conhecido que fez estágio com o arquiteto, a inspiração em planta partiu de nada mais nada menos da idéia de uma mulher deitada na praia.
Segundo informação que tenho de um livro acerca da arquitetura carioca, os postos foram imaginados originalmente revestidos por vidros espelhados assentados sobre as paredes externas.
Os postos hoje em dia estão descaracterizados. Originalmente não havia o gradil de ferro que atualmente o cerca, visando cobrar ingressos para usar os sanitários, e as escadas que levam ao deck de observação ficavam bem aparentes e visíveis.
Os cobogós que são vistos na foto acima, abaixo do deck, originalmente não existiam. Em baixo do deck existia uma cascata de água, tipo "chuveirinho", para que os banhistas ao retornarem da praia, pudessem tirar a areia dos pés e se lavarem.
Naquela área, hoje cercada pelo cobogó, havia uma pequena "piscininha", onde a areia se depositava e recebia a água caída.
Excetuando o local para o vazo sanitário cujo espaço era mínimo e não suficiente para maior demanda, o posto era muito funcional e integrado às atividades praianas.
Originalmente, o posto também possuía um holofote orientável, e a área de chuveiro e lava-pés para banhistas e sanitários, que está desativada.
Acima, como ficarão os novos postos salva vidas do Rio de Janeiro após a reforma pela concessionária. O gradil será substituída por vidros na cor ray-ban e alguns acréscimos e novas funcões serão incorporadas aos postos.
A praia de Ipanema também é conhecido por setores, sendo que as diversas "tribos urbanas" que frequentam a praia tem suas áreas setorizadas também por "postos".
No caso dos postos de Ipanema e Leblon, a númeração continua crescente com relação aos postos de Copacabana.
Um dos locais mais famosos da Praia de Ipanema é o chamado Posto 9, que que fica em frente à antiga Rua Montenegro, que mudou de nome para Rua Vinícius de Moraes para homenagear o poeta que junto com Tom Jobim, compôs aquela famosa música no bar Jangadeiros quando viam uma certa garota que frentava a praia subir e descer a rua.
O local também é famoso ser frequentado por artistas e intelectuais desde os anos de 1960.
Arquitetura dos Postos de Salvamento
Os atuais postos salva vidas, construídos em concreto (talvez partes em alvenaria revestida), possuem escadas duplas tipo espinha de peixe, com degrais em madeira, e no andar superior, com deck de observação frontal, portas e vidraças amplas em vidro temperado ou blindex.
Estes postos, repetidos em série, foram primeiramente implantados na Praia de Copacabana na segunda metáde da década de 1970, e depois foram também implantados em toda a orla oceânica, inclusive Barra da Tijuca.
Trata-se de um projeto de 1976, original e bastante interessante do arquiteto Sérgio Bernades, já falecido e autor de vários grandes projetos no cenário da arquitetura moderna brasileira.
Sergio Bernardes sempre foi um arquiteto polêmico, com obras que fugiam à corrente principal do modernismo racionalista brasileiro, corrente esta que era muito ligado às idéias de Le Corbusier enquanto Sergio Bernardes parecia ser mais inspirado por Frank Lloyd Wright e pelo interesse em experimentar materiais novos e tecnologias novas.
Projeto de Reforma para os Postos de Salvamento
Todos os postos de salvamento do Rio de Janeiro serão gradativamente reformados, sendo que na data atual, Agosto de 2012 o posto que fica em frente à Rua Barão de Ipanema já estã cercado de tapumes para a execução das obras.
Entre as melhorias e acréscimos, novos banheiros e espaços fechados tipo boxes para troca de roupas de banhistas, assim como instalação de armários com chaves para guarda de pertences de banhistas estão planejados.
Entre as novas funções, o local será também utilizado como pequenos centros de informações turisticas.
Os postos ficarão com uma nova aparência em termos de cores, com predominância de branco e vidros na cor verde.
Referências
- Relato de visitas ao local pelo autor desta página.
- Livros diversos sobre o Rio de Janeiro e sua história e artigos informativos foram consultados para dar suporte à criação desta página.
Assuntos relacionados em links externos
- Sobre a reforma dos novos postos da orla no site da concessionária: Orla Rio
