Parque da Cidade
O belo Parque da Cidade, é um parque municipal do Rio de Janeiro, localizado em uma antiga propriedade do Marquês de São Vicente, no Bairro da Gávea.
Pouco visitado nos dias de hoje, é um tesouro que poderia ser mais divulgado como ponto turístico e área de lazer ao ar livre. A casa que pertenceu ao Marquês é o Museu da Cidade, que em Fev de 2012 se encontrava em reforma.
Como visitar e como chegar lá
Endereço: O Parque da Cidade fica no final da Rua Santa Marinha, no alto da Gávea.
Preço: O acesso ao parque é gratuíto.
A Rua Santa Marinha faz esquina com a Rua Marquês de São Vicente, uma das principais vías do Bairro da Gávea. O Parque fica também muito perto do Instituto Moreira Sales. Para chegar ao local, deve-se ir de carro, taxy ou pegar algum ônibus suba a Rua Marquês de São Vicente e descer no ponto mais próximo da esquina da Rua Santa Marinha. Neste entroncamento, existe o ponto final para duas linhas de ônibus, uma que vai para a Rodoviária e outra que passa no largo do Machado.
Atenção: Antes de visitar, sugerimos conferir sobre a segurança do local.
Sobre o Parque, Suas Origens e Construções Existentes no Local
O Parque da Cidade é uma Unidade de Conservção Ambiental destinada à visitação pública e ao lazer, localizado em uma área de importância ecológica, histórica e de notável beleza em termos de cenários naturais e jardins com interferência humanda.
Acima o Parque da Cidade em vídeo
O Parque está situado na Estrada Santa Marinha, em continuação à Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, sendo um dos mais belos parques do Rio de Janeiro, possuindo temperatura amena e agradável, longe do burburinho da cidade, embora fique ao final de uma rua que hoje está plenamente ocupada.
Parte da área do parque é coberta pela Mata Atlântica, mata esta que se estende até os limites do Parque Nacional da Tijuca e do Jardim Botânico, o que faz com que, as áreas mais ajardinadas do parque ou com mais interferência humana, se entremeie ou se confunda com as suas florestas que possuem riquezes da fauna e da flora assemelhadas. Ao olhar para o horizonte ou para áreas mais distantes o que se vê são montanhas cobertas de matas.
Em uma parte mais alta da área gramada e com vias pavimentadas do parque, estão localizados o Museu Histórico da Cidade na casa que pertenceu ao Marques de São Vicente que era também proprietário de toda a área, e também uma capela, a Capela de São João Batista. Tanto a casa do Marquês de São Vicente, como também a capela tem seu valor cultural reconhecidos.
A antiga residência rural e de verão do Marquês de São Vicente, vista acima, é a principal e mais importante construção contida no Parque da Cidade. Esta casa é avaranda na fachada frontal e em uma das laterias, sendo um chalé com influência neoclássica, utilizando elementos em ferro nos gradis, varandas e pilaretes, tipicos do casário eclético e neoclássico da segunda metade do século 19.
Vídeo Museu da Cidade | Casa Marques de São Vicente
No local, quase enconstada na casa do Marquês (atual Museu da Cidade), existe também uma outra construção em ruinas, casa esta que foi também utilizada pela família Guinle, antiga proprietária do famoso e tradicional Hotel Copacabana Palace. A área do Parque pertenceu à esta família nas primeiras décadas do século 20, até ser doada à cidade do Rio de Janeiro, assim como o Parque Guinle.
Esta casa em ruinas, que parece ter sido construida em duas épocas, tem seu primeiro pavimento em porões construída em alvenaria, e os dois pavimentos superiores construidos em estuque, ou seja, armação de madeira e massa de cimento e cal formando as paredes.
Após abertura do parque, na primeira metade de século 20, a casa foi utilizad para moradia de fámilas de zeladores do parque. Sendo esta casa grande e com três pavimentos, uma família ocupação o terceiro pavimento, outra o segundo, e os funcionários solteiros o primeiro pavimento.
Esta casa em ruinas, também esta incluída no plano de restauração, e segundo informações será transformada em espaço cultural e restaurante, dentro de um processo de revitalização do Parque.
Matas e Grandes Àrvores Juntamente com Gramado e Jardins Dominam o Cenário
Ao chegar ao final da Estrada Santa Marinha, no alto da Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, nos deporamos com um portão geralmente aberto, com um portico de pedras em formato de arco. Uma grande guarita anexa, também construída em pedras ou pelo menos revestida toda em pedra também situa-se na entrada, já na parte interior do parque.
O parque é bastante extenso, com muitas vias, e possui muitas placas sinalizadoras, embora não existam folhetes para serem distribuidos com mapas ou postos de informação. Os mapas do parte e indicações são vistos apenas em placas.
Entretanto, durante a visita que quem escreve este artigo fez, visita esta com esposa e grupo de amigos, ficamos conhecendo dois guardas municipais no local, por sinal extremamente prestativos e educados. Na verdade muito bem preparados para o local e também conhecedores do local. Um deles, que nasceu no local, acabou por nos acompanhar muito gentilmente e nos explicou sobre muitas coisas à respeito do parque, relacionadas à sua história, fauna, flora e sobre as inúmeras espécies de árvores e plantas existentes no local. Difícil encontrar alguém que aprecia tanto seu trabalho no local, e fala com tanto gosto e interesse sobre o parque.
Acima um fileira de palmeiras, plantadas à 16 anos, que se alinham com um pitoresco caminho pavimentado, que leva ao Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, no Parque da Cidade. Nesta foto podes ver também os imensos gramados e inúmeras árvores por entre as quais seguem os sinuosos caminhos por ondem se passeia apreciando a diversidade da flora. Ao fundo na mesma foto montanhas do Rio de Janeiro cobertas pela floresta da Tijuca da qual o Parque da Cidade faz parte.
Na foto acima do lado esquerdo, uma ávore da Lichia, uma pequena fruta não muito conhecida. Observe o caule imenso e sinuoso assim como os seus galhos também em formato estranho e sinuoso. Ao lado da árvore um pequeno caminho por onde se passa, muitas plantas e mais ao fundo a mata da floresta.
Do lado esquerdo, acima, vemos um imenso gramado ajardinado com plantas e árvores, cercado de caminhos que o envolvem e densas matas. Ao centro da foto, pequenas rochas compõem um belo cenário juntamente com a plantas adjascentes, e ao fundo, por trás das copas das árvores os Morro Dois Irmão, que pode ser avista também do interior do parque.
Uma imensa árvore da Figueira, vista na fota acima do lado direito, com caule altíssimo e imensas raizes é uma das atrações da flora do parque para quem se dispõe a explorar estes tesouros. As raizes em forma de asas verticais chegam a ter entre 80 centímetros à 1 metro de altura. Esta figueira econtra-se se em uma parte elevada do parque, distante um 15 ou 20 metros do Rio de Rainha. Entrentanto as raizes voltadas para o lado do Rio se prolongam até o leito do mesmo em busca de água.
Ao caminhar pelos inúmeros caminhos pavimentados do parque, encontramos inúmeras espécies de árvores. Neste ponto da caminhada, a árvore que deu nome ao Brasil, o Pau-Brasil. Nesta foto, tirada em Fevereiro vemos a árvore em crescimento, e esta bastante desfolhada. Na foto do lado direito, pode-se ver a arvore e seu caule com galhos "contorcionaistas" com mais detalhes.
O Pau Brasil é também chamado "Caesapinia echinata - Fabaceae" e ocorre na Mata Atlântica, a partir do Rio de Janeiro até o extremo Nordeste do Brasil. O nome em lingua Tupí é "Ibira Pitanga", ou "Madeira Vermelha".
A árvore alcança entre 10 e 15 metros de altura, e cresce em solos bem drenados, ou seja, servidos com bastante água na Mata Atlântica.
Segundo muitos historiadores, o corte do pau-brasil, que se destinava para tintura na fabricação de tecidos de alto luxo, teria sido a primeira atividade econômica dos colonos portugueses no Brasil.
A madeira do Pau-Brasil é considerada incorruptível por ser resistente ao ataque de insetos e fungos. O uso do Pau-Brasil nos dias de hoje, devido à sua escassez e à proteção ambiental, se restringe à fabricação de arcos de violinos, canetas e joias.
A árvore encontra-se na lista nacional de espécies da flora ameaçadas de extinção.
Referências
- Relato de visita ao local pelo autor do website e de conversa com guardas e zeladores do Parque da Cidade
- Fotos do autor do website tiradas no local
- Livros diversos sobre o Rio de Janeiro e sua História