Museu da Imprensa Brasileira
O Museu da Imprensa Brasileira, situado em região central de Niteroi, cidade vizinha do Rio de Janeiro, do outro lado da Baía de Guanabara, possui um interessante acervo com exemplares de jornais de todo o Brasil e exposição permanente de equipamentos de imprensa e redação.
O Acervo e Equipamentos Expostos
O acervo exposto abrange tanto equipamentos do século 20 como também de tempos remotos, incluindo uma réplica da prensa de Gutemberg, inventada no século 15.
Grandes máquinas, típicas de determinadas época e eras da imprensa podem ser vistas no local, percebendo assim as mudanças de métodos produtivos acompanhando as novas tecnologias.
Alguns painéis também falam da história da imprensa Brasileira como também da evolução das máquinas e equipamentos em todo o mundo.
Abaixo algumas imagens de equipamentos da exposição permanente do Museu da Imprensa Brasileira.
Abaixo à esquerda uma máquina linotipo utilizada por jornais nas primeiras décadas do século 20, provavelmente de 1930.
Ainda abaixo, do lado esquerdo, uma réplica em tamanho natural da prensa de Gutemberg, equipamento inventado no século 15.
Deve-se notar que, os primeiros livros impressos foram edições da Bíblia. Na Biblioteca Nacional, com sede no Rio de Janeiro, existem duas edições da Bíblia, impressas pelos sócios de Gutemberg, edições estas de valor inestimável, e raríssimas no mundo.
O acervo do museu, relativo aos equipamentos de impressão remetem à várias décadas e fases da evolução da imprensa brasileira.
O equipamento do lado esquerdo, visto abaixo é uma máquina tipográfica moderna para a década de 1940.
O equipamento visto acima, do lado direito, com aparência híbrida de teclado semelhante ao das antigas máquinas IBM que faziam sucesso nas décadas de 1960 e gabinete semelhante ao de antigos micro e mini-computadores surgidos no final dos anos 70 e início dos anos de 1980, é na verdade uma fotocompositora.
Antiga de Sala de Redação em Exposição
Um dos interessantes itens do museu é uma antiga sala de redação de jornal diário, reconstituida no museu, o que lembra um ambiente de "filme noir" dos anos da década de 1940 embora a máquina de escrever talvez pareça uma "moderna" máquina dos anos de 1950.
A imagem acima, à esquerda, mostra a reconstituição de uma antiga sala de redação de jornal diário no Museu da Imprensa. Na imagem vemos importante equipamentos que os editores tinham à mão como a maquina de escrever no centro da mesa de madeira e o antigo e tradiconal telefone preto de mesa. Móveis de madeira remetem à um tempo que a muito se foi.
A imagem da direita volta um pouco mais atrás no tempo, e se trata de uma foto exposta em um painel, mostrando uma antiga seção de Litografia de uma Impressora. Se trata de uma técnica de impressão muito utilizada até o surgimento do Offset.
Paineis Ilustram a História
Durante a visita podem ser vistos painéis estão disponíveis nas parede e divisórias do Museu e que versam sobre a história e evolução da imprensa.
Painel Sobre a Litografia
Um interessante painel versa sobre a Litografia, painel este ilustrado com uma antiga foto de 1926, da Seção de Litografia da Impressora Paranaense. A foto contida no painel, é a que está mostrada mais acima, do lado direito.
À titulo de informação, reproduz-se aqui o texto sobre a Litografia como a seguir
Tendo sido inventada por Senefelder, a Litografia foi introduzida no Brasil pelo artista suiço Johann Jakob Steinmann (também conhecido no Brasil como João Steinmann).
Utilizando como matriz, pedras calcárias e baseando-se na repulsão entre água e as substâncias gordurosas, esta técnica consistia no seguinte:
As pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cer, sabão e negro-de-fumo, após o que as gravava com uma solução nítrica. O ácido não atacava as partes escritas que estavam protegidas pela tinta, mas somente as zonas descobertas. Deste modo, obtinha-se um ligeiro alto relevo, que era entintado com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressas, após o que se precedia à impressão.
Os primeiros artistas litográficos chegados ao Brasil eram alemães e italianos. Com a grande expansão do processo Offset, muitas empresas em São Paulo foram abandonando o processo litográfico até cair em desuso.
Veja em outra página, uma paisagem de Johann Jakob Steinmann retratando a Baía de Guanabara, datada 1834. Após retornar à Europa, J.J. Steinmann lançou uma série de souvenirs, uma espécie de pequenos quadros impressos sobre o Rio de Janeiro, que ficaram famosos à época e ainda nos dias de hoje são muito apreciados como memória de uma época.
Como chegar ao local
O museu situa-se na Rua Marquês de Olinda, 29, Centro de Niterói
Informações pelo telefone 2620-1122-r. 211
O Museu se encontra aberto de Segunda a Sexta Feira de 9 às 17horas
A entrada é franca e podem ser agendadas visitas para grupos. É sempre bom certificar-se com antecedência sobre horários de funcionamento para se precaver caso exista alguma interrupção.