Edifício do Museu Carmen Miranda no Parque do Flamengo
O edifício que abriga o Museu Carmen Miranda no Parque do Flamengo chama atenção aos mais atentos por ser um pavilhão de pequenas proporções, de formas exóticas mas ao mesmo tempo discreta.
Para quem se interessa por arquitetura, fica anotado que o edifício foi projetado pelo Arq. Afonso Eduardo Reidy, edifício este que passou a abrigar o Museu Carmem Miranda desde 1976.
Sobre o edifício, o arquiteto e o projeto adaptado
O arquiteto que projetou o pequeno pavilhão ou edifício que abriga o Museu Carmen Miranda foi o arquiteto Afonso Eduardo Reidy, o mesmo arquiteto que projetou o complexo do MAM | Museu de Arte Moderna, e que participou da criação do Parque do Flamengo.
Originalmente, este local não era destinado ao Museu. A construção deveria ser destinada a ser um pavilhão para recreação e lazer.
Entretanto, o acervo de Carmem Miranda, aguardava de longa data um local para abriga-lo na qualidade de museu. Uma vez que as autoridades decidiram que o local existente no Aterro do Flamengo seria propicio para instalação do museu, o conceituado arquiteto Ulisses Burlamaqui, arquiteto este que havia trabalhado com Reidy no primeiro projeto do edifício, foi quem adaptou o prédio para a instalação do acervo e Museu Carmem Miranda.
As formas originais foram preservadas, e o edifício em arquitetura modernista, de formas nervuradas, em estilo brutalista (concreto aparente), passou então a ser o Museu Carmem Miranda.
O Museu Carmen Miranda está instalado em edificio projetado por Afonso E Reidy, o mesmo arquiteto autor do projeto do Museu de Arte Moderna, o MAM, também situado no aterro do Flamengo. Originalmente esta construção não se destinava a um museu, e sim a um pavilhão de recreação e lazer. Não se sabe porque o arquiteto decidiu projetar este pequeno pavilhão de forma semi-complicada ou diferente, e ao mesmo tempo simples de reproduzir. As formas modulares dos elementos que fecham a contrução (paredes) giram em torno de um eixo formando um circulo em planta.
Duas complicadas portas de formas trapezoidais se abrem para cima e assim ficam erguidas durante o expediente do museu. Para quem tem imaginação mais fertil, as complicadas portas pode lembrar portas de naves espaciais ou discos voadores de antigos filmes de ficção científica.
No interior existe um pátio interno gramado, com uma parede pintada de vermelho ao meio, que o separa da outra parte da construção circular, ocupada provavelmente pela administração do museu. O pátio é de pequenas dimensões, isolado do interior do museu por painéis internos de vidro temperado.
À uma certa altura, acima dos vidros, duas prateleiras contínuas de concreto se erguem sobre perfis metálicos, que parcem suporta-las. No interior destas prateleiras, ficam os aparelhos de ar condicionado convencionais, que climatizam o museu. Já a cobertura, é formada por combinações de lajes de concreto, dispostas de forma simetrica.
A foto acima, do lado esquerdo, mostra o interior e a cortina de vidro temperado que divide o espaço interior do pátio interno. Observe que, as vigas se projetam em balanço para o interior. Não parece exitirem elementos de sustantação na parte interna.
A imagem do lado direito, mostra o museu visto de cima, onde aparece o pátio interno e as lajes de cobertura com nervuras.
Novo Local para o museu
Em breve o museu sera transferido para as novas instalações do MIS ou Museu da Imagem e do Som em Copacabana.
Localização atual
O edifício do Museu situa-se dentro do Aterro ou Parque do Flamengo, em frente ao número 560 da Av. Rui Barbosa. Este local fica na parte mais próxima ao bairro de Botafogo, ao lado do Morro da Viúva.
Referências
- Relato de visita ao local pelo autor desta página.
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