Cultura Nordestina no Rio de Janeiro
Muitos personagens e símbolos do folclore e cultura nordestina são vistos e referênciados na feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, onde se mesclam aos mais diversos ambientes, como uma forma de preservar e homenagear as tradições.
Desde a entrada os simbolos e da cultura nordestina já são sentidos e estão presentes, representados através de bonecos, esculturas, estátuas, artesanato e diversas formas representação, incluse com estátuas e bonecos de barro pintados.
Muitas estátuas e bonecos são feitos em tamanho natural, e outras na forma de réplicas em miniaturas.
Mas os ícones e simbolos do da cultura do nordeste não se limitam à figuras vivas. Fazem parte do imaginário bonecos de carnaval como os que desfilam no carnaval de Olinda em Recife.
São inúmeros os objetos artesanais ligados à cultura do nordeste como o chapeu de couro e algumas peças de indumentária.
Elementos ligados à história da imigração para o sul do pais, como os antigos caminhões que traziam os imigrantes em suas carrocerias também fazem parte das referências culturais dos mais antigos.
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Luiz Gonzaga | Rei do Baião
O sanfoneiro Luiz Gonzaga, que foi uma das figuras mais expressivas do meio musical brasileiro, e embaixador da cultura e música nordestina, encontra referências na feira de São Cristóvão. Uma estátua sua se encontra em uma das entradas, e existe uma outra, do artista com sua sanfona, sentado em um banquinho, na porta de um bar e restaurante.
Padre Cícero | Estátua
A estátua do Padre Cícero, religioso muito querido no Nordeste tem sua estátua erguida em frente à uma das entradas da feira, e retrata fielmente o padre. É uma estátua bem realistica, e é chama a atenção a representação perfeita de seus olhos azuis.
(1) Estátua do sanfoneiro e cantor Luiz Gonzaga, também conhecido como o Rei do Baião na entrada de um bar.
(2) A estátua do Padre cícero chama atenção pela sua representação fiel, mostrando o religioso de chapeu escuro, batina escura, com um cajado em uma mão e o que parece ser uma bíblia ou evangelho na outra. Em uma outra entrada da Feira, fica uma estátua de Luiz Gonzaga, outro grande ícone da cultura Nordestina e Brasileira.
O Homem da Meia Noite
Em uma das lojas de artesado do nordeste, existe um boneco, que segundo a proprietária da loja onde mesmo fica em permanente exposição é "O Homem da Meia Noite", um popular boneco do carnaval de Olinda, no Recife. O boneco do "Homem da meia" se tornou uma atração do carnval de Olinda no Recife. Para o carnaval de Olinda, os bonecos fazem parte de tradição e todos os anos muitos deles são confeccionados, mas o "Homem da Meia Noite" está presente em todos os anos.
Carro de Boi
O "Carro de Boi" era um meio de transporte para carga nos meios rurais, muito usado desde os remotos tempos coloniais e até perto da metade da primeira metade do século 20. O nome carro de boi se deve ao fato de ser puxado por bois treinados para tal função. O "Carro de Boi" que aparece na foto, estava exposto à frente de um restaurante, carregado com abóboras, coco, caixas de laranja e cebolas. É uma forma interessante de adornar a entrada, criar uma atração e chamar a atenção para o restaurante, além de homenagear esta forma de transporte, que durante tantos anos esteve presente na econômia rural do Brasil.
Observe na foto mais abaixo, que se tratava de um meio de transporte de carga muito primitivo. As rodas são de madeira maciça, o chassis do carro e os eixos também de madeira maciça.
Não existia amortecedores e a lubrificação dos eixos era feita com óleo de mamona, colocados dentro de um chifre de boi. Utilizando este artefato, o carreteiro condutor de tempos em tempos lubrificava os eixos.
Boneco do "O Homem da Meia Noite", em exposição em uma loja de artesanato da feira de arte e cultura nordestina. O boneco é um ícone do carnaval de Olinda, no Recife.
O "Carro de Boi", mostrado na foto acima é um carro pequeno, para ser puxado provavelmente por 2 bois. Entretanto existiam carros maiores puxados por 6 ou até 8 bois. O carro de boi foi muito utilizado no Brasil até a metade do século 20.
Este pequeno carro de boi, com um carregamento de frutas, verduras e vegetais estava exposto bem à fente de um restaurante, se tornando uma atração e também um chamativo inteligente para o restaurante.
Lampião e Maria Bonita | Reis do Cangaço
Uma réplica dos famosos fora-da-lei brasileiros, que se tornaram conhecidos como "Reis do Cangação". Lampião e sua companheira "Maria Bonita" e seu bando durante muito tempo circularam pelos sertões nordestinos e viraram lenda.
As estátuas de ambos foram feitas em tamanho natural, e servem de atrativo e enfeite na porta de um dos melhores restaurantes de bares da feira de São Cristovão.
(1) À frente de um bom restaurante, a estátua de Maria Bonita, uma personagem real que faz parte da história do Nordeste, tendo sido a esposa do cancaceiro Lampião.
(2) Lampião, conhecido popularmente como "rei do cancaço" foi um fora da lei, que com seu bando e sua companheira, Maria Bonita, deram muito trabalho à polícia do Nordeste.
Pau de Arara | Réplica em Miniatura Artesanal
Abaixo uma réplica em miniatura ou maquete de um caminhão para transporte de pessoas, meio muito comum utilizado pela antiga geração e pioneiros da imigração nordestina para o sul do pais, principalmente para São Paulo e Rio de Janeiro. Certamente a lembrança de um tempo de pioneirismo e aventura incerta, de uma longa jornada nos tempos passados, mas que nos dias de hoje já é feita mais confortavelmente, em modernos ónibus e até aviões.
Este tipo de artesanato em madeira, já foi muito usado para produzir brinquedos, reproduzindo carros, caminhões, etc.
Acima na foto, o caminhão em minitura representando o popularmente chamado "pau de arara", um meio de transporte usado principalmente na primeira metade do século 20, quando os imigrantes vinham em caminhões adaptados. Sobre a carroceria de madeira, eram colocados assentos de táboa e a cobertura de lona era armada com traves de madeira.
Em alguns casos utilizava-se a chamada "jardineira", uma espécie de ônibus parecido com um caminhão, com bancos na parte de tras e cobertura de madeira. Geralmente as laterais não eram completamente fechadas, e as bagagens eram carregadas sobre o teto das jardineiras.
Referencias e Fontes:
- Relato de visitas do autor desta página ao local juntamente com fotos tiradas pelo próprio autor desta página.