Bondinho de Santa Teresa
Os bondes de Santa Teresa no Rio de Janeiro, são uma última lembraça viva, atração turística e relíquia histórica de um nostalgico e saudoso meio de transporte.
O bonde é um antigo meio de transporte urbano, que está praticamente extinto nos dias de hoje, embora ainda usado efetivamente como meio de transporte e atração turistica em cidades como Lisboa em Portugal, São Francisco e New Orleans nos EUA. No Brasil, um dos ultimos remanescentes de uma era, é o bondinho que liga o centro do Rio ao bairro de Santa Teresa.
Além de ser uma atração de passeio na cidade, é também um meio de transporte real para os moradores do bairro e para os que querem visitar os pontos turísticos do local. O bondinho por sí só é uma atração. Próximo à estação do Largo dos Guimarães situa-se o museu do bonde. Veja também sobre a história dos bondes neste vídeo.
Como e onde pegar o bonde para ir a Santa Teresa?
Em Julho de 2015, o bondinho voltou a circular em fase de teste. Entre 2012 até até início de Julho deste ano, a linha de bonde não funcionou, quando os bondes e as linhas passaram por um período de manutenção e melhoria. Mas atenção, apesar de ter voltado a circular, é bom certificar-se antes.
O endereço da Estação de Bondes é Rua Lélio Gama, uma rua muito pequena no Centro do Rio.
Para chegar ao local da estação do bonde de Santa Teresa no centro do Rio de Janeiro é muito fácil. O ponto final do bonde fica perto da Estação do Metrô Carioca que por sua vez fica no Largo da Carioca.
Uma uma vez que voce esteja lá, basta seguir para a Avenida Chile que passa pelo Largo e entrar na Rua Lélio Gama que fica também muito perto. Nas esquina da Rua Lélio Gama fica o Edifício Sede da Petrobrás e portanto não tem como errar.
O passeio é uma viagem no tempo
O bondinho de Santa Teresa é o último remanescente de um tipo de transporte que já foi símbolo de progresso e eficiência nas grandes cidades.
Entretanto, para o bairro o Bairro de Santa Teresa, a utilidade deste antigo meio de transporte não é meramente turísitca.
Embora existam muitas linhas de ônibus ligando o bairro, a linha de bonde que liga o bairro e o centro do Rio é ainda uma forma de transporte bastante utilizada pelos moradores do local, devido às estações estarem bem posicionadas no bairro e como também com relação ao seu ponto final no centro da cidade.
A foto ao lado mostra o bonde, com seus bancos de madeira envernizada e aberto nas laterais, o que dá uma sensação agradável de se locomover num veículo amplamente e naturalmente ventilado, o que era possível devido à não alcançar altas velocidades. Veja mais no museu do bonde.
Travessia sobre os Arcos da Lapa é um dos pontos altos do passeio
O bondinho que conecta o bairro de Santa Teresa ao centro do Rio, faz uma travessia sobre um antigo aqueduto do final do século 18, chamado hoje em dia de Arcos da Lapa.
Ao lado uma foto tirada na descida do bonde em direção ao centro da cidade, ao passar sobre os Arcos da Lapa.
Para ter uma idéia mais precisa desta construção e sítio histórico, tão ligado à também história do Bairro de Santa Teresa, veja uma pintura dos Arcos da Lapa retratado em 1790, no século XVIII, quando então era chamado do Aqueduto da Carioca.
A foto tirada de dentro do bondinho, mostrada ao lado, é um panorâma de parte do centro da cidade ou vista obtida do bonde ao passar sobre o antigo Aqueduto da Lapa.
Em primeiro plano, bem abaixo, o largo ou praça existente do lado do antigo Aqueduto ou Arcos da Lapa, praça esta que fica do lado do litoral.
Do lado esquerdo no canto superior, pode-se ver o antigo relógio da Mesbla, que por sua vez fica na Rua do Passeio, em frente ao Passeio Público.
O Passeio Público não aparece na foto, mas trata-se de um grande parque e área verde existente desde os tempos coloniais. Bem ao lado direito aparecem duas casas antigas, construções do final do século 19 e início do século 20. Para ver com mais detalhes, clique sobre a foto para ampliá-la.
Evolução do bondes | Da tração animal aos bondes elétricos
Os primeiros bondes surgidos no ínicio da segunda metada do século 19 eram puxadas por tração animal.
Porteriormente, com o surgimento da luz e energia elétrica, surgiram os bondes elétricos.
O bonde de Santa Teresa é o ultimo remanescente deste tipo de transporte urbano com vagões individuais sobre trilhos em vias onde trafegam também outros tipos de veículos.
A cabine do condutor, vista na foto acima, guardadas as devidas proporções de limitações tecnológicas, de certo modo se assemelha à do condutor dos modernos trens do metro. Veja mais no museu do bonde.
O Veículo e a Cabine do Condutor
Na foto abaixo, lado esquerdo, o bonde elétrico que leva ao morro de Santa Teresa, saindo do centro do Rio, na estação que fica no centro da cidade, nos fundos do prédio da Petrobrás. O local é ponto de chegada e saída.
Na foto do lado direito, a cabine ou espaço do condutor. Clique sobre a imagem para ampliar e ver com mais detalhes a direção, alavancas e equipamentos de controle.
Eram os Bondes Amarelos?
O bonde de Santa Teresa nos dias de hoje, utilizam côr amarela que predomina em seu revestimento, tendo alguns detalhes em azul, e uma luz em vermelho no centro, com todos os detalhes característicos dos ultimos bondes que circularam no Rio de Janeiro.
Click na imagem acima para ver o vídeo sobre a história dos bondes.
Entretanto deve-se saber que, se voce visitar o Museu do Bonde, no mesmo bairro de Santa Teresa, voce verá inúmeras maquetes de antigos bondes, representando composições desde os tempos da tração animal, quando eram puxados por burros até os últimos movidos à tração elétrica. E a maioria das maquetes, apresentam bondes na cor verde escuro.
Na verdade, os antigos bondes que circulavam no Rio de Janeiro, tinham cor verde escura, e não a cor amarela dos bondes que ainda circulam na linha para Santa Teresa. Esta cor amarela, talvez tenha sido inspirada nos bondes de Lisboa, Portugal, que continuam a circular normalmente naquela capital, com praticamente todas as antigas linhas preservadas.